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sexta-feira, 27 de junho de 2014
PRESERVAÇÃO Para evitar o sumiço das abelhas
PRESERVAÇÃO
Para evitar o sumiço das abelhas
Considerados indicadores de qualidade ambiental, insetos polinizadores sofrem ameaças diversas, de agrotóxicos ao desmatamento
Embora a maioria das pessoas as vejam simplesmente como fabricantes de mel, as abelhas são, provavelmente, o inseto mais importante para a vida na Terra. Segundo estudos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), são elas as responsáveis pela polinização de, pelo menos, 70% das culturas, o que corresponde a 90% da oferta global de alimentos. Exatamente por isso, o desaparecimento repentino e ainda não explicado de abelhas no mundo durante os últimos anos tem preocupado especialistas. Enquanto na Europa o Greenpeace lançou uma campanha com o objetivo de protegê-las, no Brasil o assunto vem sendo discutido pela Confederação Brasileira de Apicultores (CBA), que pede a criação de leis que satisfaçam acordos internacionais de proteção aos polinizadores.
O presidente da CBA e da câmara setorial do mel em Brasília, José Cunha, recorda que o assunto foi debatido na Câmara Federal, no início de julho, por instituições, fabricantes, apicultores e pesquisadores. “Cada um defendeu seus interesses. Nosso objetivo é dar suporte para a comissão votar leis que satisfaçam acordos que o Brasil tem perante aFAO.” Cunha explica que o Brasil é um dos países que mais recebeu recursos para um projeto de polinizadores da FAO – segundo ele, são sete projetos em curso, um em cada bioma nacional. Ainda assim, o país está atrasado em questões como uso de agrotóxicos, substâncias que, comprovadamente, causam desorientação nas abelhas. “Elas saem para coletar néctar e não voltam.”
BRUNA KOMARCHESQUI, CORRESPONDENTE
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